Não me parece sensato que os educadores e educadoras (professores e
Pais), sobretudo os que atuam na Educação Infantil, se limitem a
"demonizar" os games, como muitos fizeram com a TV no passado. Faz-se
necessário conhecer o mundo dos games, mundos das crianças, adolescentes
e jovens ("digital native"). Os professores/educadores da sociedade
informacional precisam dar conta de que há um novo espaço (cyberspace) e
uma nova cultura (cyberculture), caso contrário eles não conseguirão
estabelecer comunicação com as novas gerações. Muitas teses de
doutoramento tem ajudado a entender a função de catarse que os games
exercem. Outras tem mostrado como os games já estão sendo tratados como
aliados do processo de ensino e aprendizagem. O grande desafio continua
sendo aquele de trabalhar valores e de formação de consciências
críticas. Está é a grande questão, ao meu ver. Num espaço e numa
cultura diferentes, é evidente que não podemos aplicar as mesmas leis e
os mesmos princípios. Que tal se investirmos em conhecê-los primeiro?
Paulo, Prof de Informática Aplicada à Educação Infantil (PUC Minas)